MOTE E GLOSA

Se possível que seja respondido em forma fixa:


"Se as águas têm mil lampejos
E a brisa soprando vai"

De A Mortalha de Alzira

RONALDO RHUSSO escreveu:

Se possível que seja respondido em forma fixa:


"Se as águas têm mil lampejos
E a brisa soprando vai"

De A Mortalha de Alzira

Brisamar

Como se fosse um sorriso
a me espelhar solidão,
passei a pensar se não
já me fugia o juízo.
Argumentar é preciso
enquanto o mundo não cai,
enquanto o ar não se esvai
em um milhão de desejos,
se as águas têm mil lampejos
e a brisa soprando vai.

Como se fosse um momento
em mil e um que se vão,
passei a pensar se não
seria então um lamento
a demonstrar sofrimento
em não sentir mais os beijos.
Se as águas têm mil lampejos
e a brisa soprando vai,
essa esperança não sai
de mim, que não tenho pejos.

Como se fossem arpejos
que se ouvem de montão,
passei a pensar se não
daria um monte de beijos
se as águas têm mil lampejos
e a brisa soprando vai.
E, antes do adeus, do bye bye,
eu beijaria outra vez,
pois eu não sei se, talvez,
já não serei mais capaz.

Como fosse um samurai
a lutar por seus desejos,
se as águas têm mil lampejos
e a brisa soprando vai,
eu seria filho e pai
e ainda seria irmão,
daria um beijo na mão
e um outro beijo na boca.
Seria uma coisa louca
essa incrível tentação.

Se as águas têm mil lampejos
e a brisa soprando vai,
se a água do mar não sai
e o vento empurra os cortejos,
os barcos levam desejos
e o mar esconde a saudade.
O mundo tem mais verdade
que a verdade que aqui canto.
A brisa tem seu encanto
e as águas, felicidade.

Paulo Camelo
18/11/2010

polemaco escreveu:

Brisamar

Como se fosse um sorriso
a me espelhar solidão,
passei a pensar se não
já me fugia o juízo.
Argumentar é preciso
enquanto o mundo não cai,
enquanto o ar não se esvai
em um milhão de desejos,
se as águas têm mil lampejos
e a brisa soprando vai.

Como se fosse um momento
em mil e um que se vão,
passei a pensar se não
seria então um lamento
a demonstrar sofrimento
em não sentir mais os beijos.
Se as águas têm mil lampejos
e a brisa soprando vai,
essa esperança não sai
de mim, que não tenho pejos.

Como se fossem arpejos
que se ouvem de montão,
passei a pensar se não
daria um monte de beijos
se as águas têm mil lampejos
e a brisa soprando vai.
E, antes do adeus, do bye bye,
eu beijaria outra vez,
pois eu não sei se, talvez,
já não serei mais capaz.

Como fosse um samurai
a lutar por seus desejos,
se as águas têm mil lampejos
e a brisa soprando vai,
eu seria filho e pai
e ainda seria irmão,
daria um beijo na mão
e um outro beijo na boca.
Seria uma coisa louca
essa incrível tentação.

Se as águas têm mil lampejos
e a brisa soprando vai,
se a água do mar não sai
e o vento empurra os cortejos,
os barcos levam desejos
e o mar esconde a saudade.
O mundo tem mais verdade
que a verdade que aqui canto.
A brisa tem seu encanto
e as águas, felicidade.

18/11/2010

Paulo Camelo
(Eu)

"Cansado de navegar,
deixo meu barco na praia."

RONALDO RHUSSO escreveu:

"Cansado de navegar,
deixo meu barco na praia."

O mar pode esperar

No horizonte, o sol declina,
a noite já vai chegando,
a luz da lua dourando
o mar ornado em neblina.
Quando o luar ilumina
a onda que o vento espraia,
e antes que a tarde caia,
então retorno do mar.
Cansado de navegar,
deixo meu barco na praia.

O barco, agora ancorado,
após tremenda labuta,
parece que ainda escuta
as ondas e o balançado
do pescador, em gingado
Inda ao balanço do mar,
cansado de navegar.
Deixo meu barco na praia,
me afasto e, antes que eu saia
esguelho um último olhar.

Deixo o barco devagar,
como quem já não tem pressa.
O mar já não me interessa.
Volto ao recanto do lar,
cansado de navegar.
Deixo meu barco na praia
a me esperar, noutra raia
em outro dia de sol.
Logo cedo, no arrebol,
minha amada faz que eu saia.

O vento fica em tocaia
e longe eu ouço o cantar:
"Cansado de navegar,
deixo meu barco na praia".
Eu tanjo o vento da raia
e navego nos lençóis
da minha amada, só nós
na escuridão do meu lar.
Na noite, um belo luar
ilumina a nossa voz.

Cansado de navegar,
deixo meu barco na praia
e volto ao amor, à saia,
em outro adeus. O alto mar
me espera e pode esperar.
O barco descansa um pouco
enquanto eu retorno, louco
de amor, pra mais um adeus.
Ela cai nos braços meus
a emitir sussurro rouco.

Paulo Camelo
19/11/2010

Fica aqui o meu mote, mas ele tb precisa estar em forma fixa? Aqui tá dodecassílabo, mas foi sem pensar...



Um azeite melado povoou meu ser

rommel escreveu:

Fica aqui o meu mote, mas ele tb precisa estar em forma fixa? Aqui tá dodecassílabo, mas foi sem pensar...

Um azeite melado povoou meu ser

O azeite e o ronco

Eu fiz um feijão, misturei com arroz,
farinha e azeite e um pedaço de charque.
Comi feito um louco, mas, antes que encharque
por conta do azeite que eu pus bem depois,
tomei um Engov (melhor: tomei dois)
e fui pra varanda, de pernas pro ar.
Contei carneirinhos, pro sono chegar,
mas não consegui outro ronco conter.
Um azeite melado povoou meu ser
e então galopei lá pra beira do mar.

RONALDO RHUSSO escreveu:

"Não quero muita conversa.
Eu que eu quero é escrever."

Não quero muita conversa

Se a minha mente é imersa
em confusões sem parar,
para poder melhorar
não quero muita conversa.
Mas, se o assunto já versa
em algo que eu sei dizer,
até mesmo sem querer
eu não fujo à realidade,
pois na vera, na verdade,
o que eu quero é escrever.

RONALDO RHUSSO escreveu:

A gente não conhece as pessoas
até que elas se mostrem reais!

Vida real

Vida real não é nunca a novela
em que a vilã vira e mexe e sai bem.
Vida real não é só mal e bem
nem é um quadro pintado, uma tela.
Vida real não é feia nem bela
a nos mostrar coisas boas e más.
Vida real é bem mais, muito mais
que esse punhado de versos e loas.
A gente não conhece as pessoas,
até que elas se mostrem reais.

06/12/2010

RONALDO RHUSSO escreveu:

Por que não aprender co'a experiência?
Será porque ela não nos dá Diploma?

Será porque...?

Se tudo o que eu escrevo é por ciência
e tudo nessa vida sempre muda,
eu me pergunto, de uma forma aguda:
por que não aprender co'a experiência?
Eu sei que o apedeuta não convence
aquele que no estudo sempre soma.
Eu sei, também, que rara vez se embroma
o sábio, estudioso e pertinaz.
A vida, entanto, sempre exige mais.
Será porque ela não nos dá diploma?

Nessa vida eu persisto a caminhar
e não paro, sequer, pra olhar pra trás.

Fato!

Mui sublime é a bela flor
entre as tíbias da Eleonor...
*************************
Flagra!

Disse: “- Não é o que parece”!
Algo assim sempre acontece...

Talento...

Enriquecendo o Disney Mickey nasce!

Deveras...

Toda bela e nua boia a Lua!

Empáfia!

Eu não “me acho”! Eu “me tenho certeza”!