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 FLOR SILVESTRE

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Eliane Triska

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MensagemAssunto: Nas fogueiras do mundo   FLOR SILVESTRE Icon_minitimeTer 01 maio 2012, 19:22

Nas fogueiras do mundo



Quando adentrei à tenda dos mortais
Meu gesto de obediência a me sorrir,
Acenava da estrada a prosseguir.
Quão grandes são os mares outonais!


Quantas rosas de fogo em mim ardiam!
Quão clemente o calor de acreditar
Com pincéis d'água alguém saiba pintar
Pássaro diferente dos que piam.


Ontem, ou hoje, já não sei mais quando
Eu duvidei de mim, por improvável
Não saber, ao seguir me torturando,


Que o gesto, mesmo, nunca haja sorrido.
E o pobre corpo ao mar, tão miserável,
Seguirá como cinzas, decaído.


:~:~et:~:
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Eliane Triska

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MensagemAssunto: Envelhecendo a morte   FLOR SILVESTRE Icon_minitimeQua 02 maio 2012, 15:58

Envelhencendo a morte


Eliane Triska


Já disse tudo o que a palavra ouvir.
Salvei meus dias, horas apressadas,
As minhas noites, páginas molhadas,
Serão depois... O que me há de vir?


Querer-me? Tão inútil se eu vier,
Na noite fria, a sorrir, demente,
Ser a mais bela estrela decadente,
A prata envelhecida. Uma mulher!


Que linda a flor, o viço, a mocidade,
A desfolhar na tarde o olhar do sol,
Sentir, ó corpo breve! Que maldade!


O tempo me devora. É seu instinto!
Perder-me, do horizonte, no arrebol
E proibir-me o sonho? Não consinto!



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